sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

CAPACITORES PARTE 1

Olá, hoje iremos iniciar os estudos sobre um componente de vital importância para o funcionamento dos circuitos eletrônicos, e por esse motivo,  é encontrado em grande quantidade em qualquer equipamento, conheceremos hoje, o Capacitor. Com formatos e tamanhos que dependem de seu valor e função, os capacitores podem ser tão pequenos quanto um grão de ervilha ou tão grandes quanto uma garrafa de refrigerante PET de 2 litros! Então vamos nessa!
  • O que é um Capacitor?

Capacitor é um componente eletrônico que armazena carga elétrica ao ser ligado a uma fonte de alimentação. Eles possuem a capacidade de armazenar energia na forma de campo elétrico no seu processo de carga, liberando essa energia no processo de descarga. Utilizados largamente para diversos fins, tanto em aplicações de corrente contínua, como temporizadores, retificadores ou em corrente alternada para correção do fator de potência, filtros passivos, entre outros.
O capacitor possui dois terminais, podendo ser polarizado ou não polarizado, e dentro do capacitor esses terminais são conectados a duas placas metálicas, normalmente de alumínio, que estão separadas por uma substância não condutiva ou um dielétrico. Sendo que esse dielétrico pode ser encarado como um material isolante qualquer, que em alguns casos dá nome ao capacitor (capacitores cerâmicos, de mica, de poliéster, etc). Portanto o dielétrico é um dos indicativos de qual a melhor aplicação para o capacitor.
Todo capacitor tem um parâmetro denominado capacitância cuja unidade é o Farad (F), que determina quanta carga ele é capaz de armazenar. Como 1 Farad (1F) é considerado uma capacitância muito grande, o mais comum é vermos componentes com subunidades do Farad, como microFarad (uF), nanoFarad (nF) ou mesmo picoFarad (pF).

A tendência é de quanto maior a capacitância, maior as dimensões do capacitor, aumentando também os cuidados em seu manuseio. Há também uma tensão máxima impressa no capacitor, essencial para garantir a isolação do dielétrico e manter o funcionamento do dispositivo.
  • Modo de Operação (CARGA E DESCARGA) de um Capacitor 

Outra característica importante dos capacitores é o seu processo de carga e descarga, que garante que a energia acumulada seja descarregada um tempo depois em outra parte do circuito. Analisando em corrente contínua, temos que um capacitor ligado a uma bateria tende a acumular cargas pelo efeito do campo elétrico. A placa ligada ao polo positivo acumula cargas positivas, assim como a placa ligada ao polo negativo que acumula cargas negativas.
Essas cargas não chegam a se combinar graças ao isolante (dielétrico) que separa as placas (também chamadas de armaduras) garantindo que o capacitor, em condições normais de funcionamento, não se torne num curto-circuito e sim um acumulador de cargas. A distância entre as placas também é determinante para o valor final da capacitância. Enquanto conectado na bateria, o capacitor passa pelo processo de carga. Utiliza-se uma resistência em série com o capacitor para controlar seu tempo de carga.

  • Conhecendo mais a sua Unidade! (FARAD)

Capacitores tem o seu valor especificado em Farads que é a unidade básica, mas por conveniência e facilidade na representação numérica é mais comum se utilizar de submúltiplos dessa unidade básica. Em eletrônica os submúltiplos mais usados são:
A conversão entre um submúltiplo e outro é muito simples. Imaginemos um capacitor de 100000pF. concorda que é um numero muito grande para gravar no corpo de um capacitor? A solução é puxar a "virgula" três casas para a esquerda e subir um submúltiplo (Obs.: dividir um valor por 1000 tem o efeito de puxar a virgula em 3 casas a esquerda). 

Assim sendo este mesmo capacitor pode ser grafado como 100nF. Mas em alguns caso, com este valor pode acontecer uma simplificação maior ainda. Então basta deslocar a "virgula" mais 3 casas a esquerda e subir mais uma unidade. Assim sendo o mesmo capacitor de 100000pf também pode ser representado como 0,1µF
De uma forma bem sucinta a tabela abaixo exemplifica melhor:
Suas Aplicações

Os capacitores são muito comuns em circuitos eletrônicos, e dentre suas aplicações genéricas e específicas podemos citar: 

  • como sensores, e um exemplo são as telas touch screen capacitivas,
  • osciladores,
  • filtro de ruídos em sinais de energia,
  • absorver picos e preencher vales em sinais elétricos,
  • divisor de frequência em sistemas de áudio,
  • armazenamento de carga elétrica em sistemas de flash de máquinas fotográficas,
  • em conjunto com transistores em memórias do tipo DRAM,
  • como baterias temporárias em som automotivo (megacapacitor),
  • laser de alta potência (banco de capacitores),
  • radares (banco de capacitores),
  • aceleradores de partículas (banco de capacitores),
  • Sintonizador de rádios (capacitor variável),
  • no start de motores de portão eletrônico (capacitor de partida),
  • em fontes de alimentação, e muito mais.
  

Por hoje é isso, espero que tenha esclarecido suas dúvidas, além de obter maiores informações sobre capacitores!  Na próxima parte sobre capacitores, estarei mostrando e explicando os diversos modelos e suas especificações, deste já um grande abraço, até mais! 
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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

DISPLAY COMO FUNCIONA?

Olá, hoje iremos estudar sobre um componente muito usado na eletrônica e encontrado em qualquer produto eletrônico onde se mostra letras e números, falaremos hoje, sobre Display de 7 Segmentos e Alfa Numéricos.
Utilizados largamente como um meio de comunicação visual, os displays são encontrados em painéis ( por exemplo, os painéis de ônibus), instrumentos (um multímetro, micro-ondas, etc), e entre outros. A vantagem de se utilizar este componente se da pelo fato dele ser padronizado, pois sua disposição, tamanho e pinos segue um determinado padrão, possibilitando diversos fabricantes e um custo beneficio melhor para quem for comprar o seu, e também eles são intercambiáveis, ou seja, displays de diferentes fabricantes podem se comunicar, deste que, segue o mesmo modelo (Anodo Comum ou Catado Comum).

  • O que são Displays?

Display e um componente constituído de sete segmentos de LED, e com ele é possível representar números de 0 a 9 e algumas letras rudimentares. Observe na imagem sua arquitetura interna e medidas.
 Observe que, os segmentos são identificados por letras de (a) até (g) e o ponto decimal, é identificado como (dp). A organização interna dos displays de 7 segmentos pode ser na forma de catodo comum, ou anodo comum, conforme ilustrado. Essa arquitetura possibilita maior facilidade no projeto dos circuitos de acionamento desses displays, os detalhes desses circuitos serão abordados mais adiante.
Para se formar um dígito, é necessário acender os segmentos correspondentes. Veja as sequências listadas a seguir para a formação dos números e caracteres mais comuns:
0
zero
a, b, c, d, e, f
1
um
b, c
2
dois
a, b, d, e, g
3
três
a, b, c, d, g
4
quatro
b, c, f, g
5
cinco
a, c, d, f, g
6
seis
a, c, d, e, f, g
7
sete
a, b, c
8
oito
a, b, c, d, e, f, g (todos)
9
nove
a, b, c, f, g
a
maiúsculo
a, b, c, e, f, g
b
minúsculo
c, d, e, f, g
c
maiúsculo
 a, d, e, f
d
minúsculo
b, c, d, e, g
e
maiúsculo
a, d, e, f, g
f
maiúsculo
a, e, f, g
Analisando atentamente a simulação de operação de um display de 7 segmentos, como mostra acima, poderá perceber que as letras formadas nesse tipo de display deixam muito a desejar. Pensando nisso, e buscando uma melhoria, foram criados os displays de 16 segmentos ou alfanuméricos, que já permitem representar de forma razoavelmente boa todas as letras do alfabeto.

  • Displays alfanuméricos

Os displays de 16 segmentos tem sua organização interna típica de um display de 7 segmentos, porém tem logicamente maior número de segmentos de leds, o esquema pode ser observado abaixo. O arranjo interno, tal como os displays de 7 segmentos, também pode ser de anodo comum ou catodo comum. E para se constituir os dígitos nesse display, se utiliza o mesmo modo para os display de 7 segmentos.



Vou ficando por aqui, hoje aprendemos como funciona um display e seu esquema de pinagem, que utilizaremos para futuros projetos com Arduino e Eletrônica, em breve irei mostrar como acionar ambos displays e utiliza-los em outros microcontroladores, então até breve, Abraços!
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

ARDUINO (O COMEÇO DE TUDO!)

Olá, no post de hoje iremos conhecer sobre uma placa, projeto, ideia,  que tomou conta do mundo da eletrônica, utilizada em milhares de diversos projetos e aplicações, ela é usada por professores e novatos da eletrônica para iniciar seus estudos sobre o mundo da eletrônica e programação, hoje iremos falar sobre o Arduino!
O Arduino foi pensado, desenvolvido e criado na Interaction Design Institute, localizada em Ivrea, na Itália em 2005. Tudo começa quando o professor Massimo Banzi procurava uma solução barata que proporcionava aos estudantes de design, uma interação com a tecnologia para desenvolver seus projetos. Ele então, discuti seu problema com David Cuartielles, um pesquisador visitante da Universidade de Malmö, na Suécia, que estava procurando uma solução semelhante, e neste momento, nasce o Arduino!  

Na época, os produtos existentes no Mercado eram caros e relativamente difíceis de se utilizar. Banzi e Cuartielles decide então, desenvolver um microcontrolador que poderia ser utilizado pelos seus estudantes. As principais exigências eram que fosse barato, o preço almejado não poderia ser mais do que, por exemplo, o que um estudante gastaria se saísse para comer uma pizza! E que fosse uma plataforma que qualquer pessoa pudesse utilizar.

David Cuartielles, começa então a desenhar a placa, e um aluno de Massimo, David Mellis, programou o software para executar a placa. Massimo contrata então um engenheiro local, Gianluca Martino, que também trabalhou no Design Institute ajudando alunos com seus projetos, e ele, Gianluca concorda em produzir uma tiragem inicial de duzentas placas.
O nome "Arduino", surge em referência a um bar local frequentado por membros do corpo docente e alunos do instituto.

As placas eram vendidas em forma de kit, para possibilitar que os alunos fizessem seus próprios projetos. A tiragem inicial foi rapidamente vendida, e mais unidades foram produzidas para manter a demanda. Foi quando, designers e artistas de outras áreas começam a ouvir falar sobre o Arduino e começam usá-lo em seus projetos. Sua popularidade cresce rapidamente, e um grande público começa a perceber como o Arduino é um sistema de fácil utilização, de baixo custo e que poderia ser usado em seus próprios projetos, bem como era uma excelente forma de iniciar na programação de microcontroladores.
A definição que segue no site do próprio Arduino, é a seguinte:

" Placas Arduino são capazes de ler entradas - a luz em um sensor, um dedo em um botão, ou uma mensagem de Twitter - e transformá-lo em uma saída - ativação de um motor, ligar um LED, publicar algo online. Você pode dizer ao seu conselho o que fazer através do envio de um conjunto de instruções para o microcontrolador no tabuleiro"

O projeto original recebeu diversas melhorias, e novas versões foram introduzidas. E hoje, as vendas dos Arduinos oficiais ultrapassam mais de 300 mil unidades, e eles são vendidos em todo o mundo por intermédio de uma série de distribuidores. Existe agora no mercado, diferentes versões de placas de Arduino, então daremos uma olhada nelas em breve!
  • Mais então porque utilizar o Arduino em seus projetos?

Podemos dizer que o Arduino é tanto um software quanto um item básico de hardware. Ao mesmo tempo em que ele é um SDK (kit de desenvolvimento de software), é também um ADK (kit de desenvolvimento de acessório).
A ideia do Arduino é possibilitar que desenvolvedores criem aplicativos específicos para rodar em um circuito eletrônico básico. A partir de tais circuitos, o Arduino possibilitará a criação de gadgets e eletrônicos de alta qualidade. E possibilita você a testar um projeto, ou circuito antes mesmo de tirá-lo do papel.

Entre outras vantagens, as que mais se destacam são:
  • Barato
  • Multi-Plataforma
  • Ambiente de Programação de Fácil Utilização, claro!
  • Open source e hardware extensível
  • Open source e software extensível

Vou ficando por aqui, hoje você aprendeu como surgiu essa excepcional placa de desenvolvimento, e nos próximos post irei abordar como utilizá-la, então até lá, Grande Abraço!

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

TIPOS DE ENCAPSULAMENTOS DE TRANSISTORES

Olá, hoje iremos estudar e conhecer os principais tipos de encapsulamentos onde diversos modelos de transistores e semicondutores de potência são construídos. Os terminais normalmente são constituídos de uma liga de cobre ou ferro (dependendo do modelo), recobertos com estanho ou estanho/chumbo e o seu encapsulamento é de resina epóxi.

No mercado, você encontrará diversos modelos, entre eles estão:
Modelos de Encapsulamentos
Porém vamos nos atentar aos principais, aqueles que você encontra em qualquer circuitos eletrônico ok? Com isso, estaremos analisando hoje os encapsulamentos:

  • TO-220
É um modelo de encapsulamento utilizados normalmente para semicondutores como transistores e retificadores controlados de silício, bem como circuitos integrados. Este invólucro contêm três terminais, mais pode-se encontrar ele com dois, quatro, cinco ou sete ligações também. Uma característica notável é um guia de metal com um furo, utilizado na montagem onde se necessita de um dissipador de calor. Já que componentes fabricados utilizando este invólucro, podem se dissipar mais calor do que aqueles construídos em TO-92 por exemplo. Veja mais detalhe em seu datasheet.

  • TO-126
Este modelo é idêntico ao TO-220, tirando a característica do guia metálico, porém ele contém o furo para se prender o componente no dissipador. Veja mais detalhes em seu datasheet.

  • TO-247
Estes encapsulamentos, são utilizados para alocar neles semicondutores de potência, veja mais detalhe em seu datasheet.

  • TO-92
O encapsulamento TO-92 é empregado em transistores de baixa potência, do tipo TBJ e FET, em alguns casos você encontrará outros modelos como: TO-92, TO-94 e TO96. Eles tem as mesmas dimensões, porém a distribuição dos pinos munda de um tipo para outro. Veja mais detalhe em seu datasheet.

  • B: transistor bipolar
  • F: transistor FET
  • E: Emissor
  • B: Base
  • C: Coletor
  • D: Dreno
  • S: Source
  • G: Gate 
Vou ficando por aqui, espero que tenha gostado e não deixem de enviar suas dúvidas e sugestões, abraços!
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